quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Metrô Rio e usuários bárbaros

Ontem voltei de metrô pra casa no pico do horário do rush... Que experiência traumática!

É uma mistura de sentimentos: raiva, nojo, tristeza, revolta, impotência, indignação...

E o que mais me chateia é que todo mundo entra na onda da empresa! Todo mundo!

O Metrô-Rio tem um cálculo aproximado do número de pessoas que cada vagão em cada composição pode transportar. E em cima desses números ele calcula o preço da passagem de forma a custear a manutenção das plataformas, trens e serviços oferecidos pela empresa e o lucro que vai para os "donos" do Metrô.

O que acontece no horário de rush? Em vez de aguardar carros vazios, as pessoas (com a conivência do Metrô-Rio, já que os guardas não tomam nenhuma atitude pra inibir essa prática) se espremem, se machucam, discutem e chegam mesmo a agredir-se fisicamente para garantir que irão entrar na composição lotada "de qualquer jeito".

E quem ganha com isso?! O METRÔ RIO, que passa a transportar quase 40% mais pessoas do que a capacidade normal das composições permitiria! Você consegue imaginar o lucro dessa empresa no horário de rush?!

E quem perde: você, bonitão! Você que precisa desesperadamente chegar em casa 1h mais cedo pra ver novela ou ficar no Facebook. Você que saiu de casa atrasado esperando que o Metrô fosse dobrar a velocidade e o número de vagões só pra compensar sua desorganização... 

Agindo dessa forma, você tá passando uma mensagem bem clara pro Metrô Rio: 

"não tenho amor-próprio e continuarei pagando caro pra ser transportado diariamente como gado de abate em situações deploráveis, me expondo a contusões, danos a minhas roupas, assaltos, calor, falta de ar, gritarias e tumultos. E jamais reclamarei!"

Mas tenho esperança de que, se essa mensagem tocou a sua carótida, que você aja diferente a partir de agora: saia um pouco mais cedo de casa e aguarde por uma composição vazia. Sente num bar ou numa praça após o trabalho. Tome uma água, um refrigerante ou uma cerveja. Bata um papo com os amigos de trabalho ou leia um livro... Sua qualidade de vida vai melhorar muito e (se outros seguirem seu exemplo), o Metrô será obrigado a comprar mais composições para atender à população de forma adequada.

PS: ou compre uma bicicleta!


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